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Quando a equipe começa a crescer é sinal de que o negócio também está crescendo, ganhando força no mercado e o desempenho do time se torna um fator essencial para que os resultados continuem evoluindo. Nesse ponto, entra a pergunta: como medir a capacidade produtiva de uma empresa?
Os negócios que comercializam produtos ou que prestam um serviço precisam ajustar sua capacidade à demanda de produção.
Imagine investir em estratégias para conseguir clientes, ganhar reconhecimento no mercado, mas ter problemas para atender os pedidos dos clientes.
Para não passar por esse problema, é preciso acompanhar e fazer projeções de produção baseadas na capacidade produtiva da sua equipe.
Dessa forma, você vai conseguir identificar o cenário atual, traçar novos objetivos e também decidir quando a equipe precisa de um reforço.
Continue a leitura e entenda o que é, como medir a capacidade produtiva de uma empresa, quais são os tipos e os fatores que interferem em cada um.
O que é capacidade produtiva?
Capacidade produtiva é a quantidade de itens máxima que uma equipe consegue produzir em um determinado período de tempo em condições normais de trabalho e com todos os recursos disponíveis.
A produtividade pode ser medida, por exemplo, por dia e depois, usando o valor diário como base, pode ser calculada a capacidade semanal, mensal e até anual.
Dentro de um ambiente de produção, existem fatores que interferem no trabalho da equipe e que vão influenciar o seu desempenho como:
- tempo de preparo do maquinário (ex: algumas máquinas precisam ser ligadas minutos antes de serem utilizadas);
- organização da área de produção e dos materiais;
- pausas obrigatórias para descanso;
- manutenções preditivas;
- limpeza do ambiente de trabalho, entre outros.
Confira no vídeo abaixo a influência que a capacidade de produção tem nas empresas:
Quais os tipos de capacidade produtiva?
Antes de aprender como medir a capacidade produtiva de uma empresa, é importante saber que existem quatro tipos que podem ser calculados e todos estão interligados entre si. São eles:
- Capacidade instalada: é a capacidade máxima, sem descontar as perdas do processo produtivo;
- Capacidade disponível: é a capacidade alcançada com os recursos realmente disponíveis;
- Capacidade efetiva: é a capacidade de produção, levando em consideração paradas para manutenção, limpeza, etc.;
- Capacidade realizada: é a capacidade produtiva considerando perdas não planejadas como falta de energia elétrica, entre outros.
Dependendo do tipo de negócio, a capacidade produtiva tem como base a quantidade em unidades/toneladas/litros produzidas por dia/semana/mês/ano. Para fazer uma análise eficaz, é importante sempre usar uma unidade de tempo associada.
Como medir a capacidade produtiva de uma empresa?
Os cálculos para medir a capacidade produtiva de uma empresa podem ser feitos em escala seguindo a classificação dos quatro tipos existentes. Assim, você tem uma visão desde o cenário ideal até o que realmente acontece.
Dessa forma, é possível não só acompanhar o momento atual como também fazer projeções de crescimento para o futuro. Veja a seguir como fazer os cálculos:
Etapa 1: capacidade instalada
A capacidade produtiva instalada mostra o cenário ideal de produção para um determinado período de tempo. Como exemplo, vamos nos basear em um dia, ou seja, 24 horas.
Suponha que sua equipe atual produz 200 itens por hora trabalhada. Então, em 24 horas de produção, o máximo que é produzido são 4.800 itens (200 x 24).
Nesse primeiro cálculo, não é considerada nenhuma variável que interfere nesse resultado. O objetivo é ter uma estimativa ideal dentro de um cenário hipotético.
Etapa 2: capacidade disponível
Agora, o próximo passo para medir a capacidade produtiva de uma empresa é saber a capacidade disponível, ou seja, o que é produzido no contexto de trabalho real.
Por exemplo, a jornada de trabalho da equipe é de 12 horas e todos os recursos estão disponíveis e os turnos estão sempre completos com a quantidade de funcionários esperada.
Então, considerando que são produzidos 200 itens por hora, esse montante é multiplicado por 16 horas, totalizando 3.200 itens.
Etapa 3: capacidade efetiva
Aqui, o cálculo vai mostrar um número ainda mais próximo do real, pois algumas perdas necessárias vão ser incluídas no cálculo. Dessa forma, temos a capacidade efetiva.
Algumas interferências no processo de produção são: paradas para manutenções preventivas ou corretivas, limpeza do ambiente, troca de turnos da equipe, entre outros fatores.
Continuando o exemplo anterior, a empresa tem uma perda de 4% em capacidade produtiva com essas interrupções. Do total de 3.200 itens possível, são descontados os 4%, o que resulta em 3.072 itens por dia.
Etapa 4: capacidade realizada
O último cálculo para medir a capacidade produtiva de uma empresa é o que mostra a capacidade realizada. Depois de consideradas as horas efetivamente trabalhadas e as perdas planejadas, também entram no contexto as perdas não planejadas.
Alguns problemas não planejados são: defeitos técnicos nos equipamentos, falta de eletricidade, correções em itens, entre outros.
Considerando que esse tipo de perda gera 5% de baixa na capacidade produtiva, subtraímos o resultado do cálculo 3.072 x 5% de 3.072, o que dá o resultado final de 2.918 itens máximos por dia.
Qual a importância de saber a capacidade produtiva?
Sabendo que a capacidade produtiva é aquilo que sua empresa realmente tem condições de produzir, saber esse dado permite:
- planejar a produção;
- monitorar o tempo que um lote leva para ser produzido;
- estabelecer uma estimativa de prazo para o cliente;
- fazer um controle de estoque eficiente;
- organizar o processo de logística do e-commerce, etc.
Isso é importante tanto se seu negócio produz itens em escala quanto se você produz de forma artesanal ou presta um serviço com uma equipe reduzida.
Além de servir como indicador para o gerenciamento interno, a capacidade produtiva serve de base para planejar ações de vendas, promoções e até como argumento para fortalecer a marca no mercado.
Isso porque seu posicionamento pode ser baseado em um atributo como entrega rápida ou como uma marca com processo de produção personalizado. Porém, sem perder a estimativa de tempo que orienta o cliente.
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Esse artigo foi escrito pela Esfera Energia, empresa referência nacional em gestão de energia no Mercado Livre de Energia.