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Publicado - 01/07/2025

IA na dose certa para o mundo: o que falta?

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

 

Vivemos uma era tecnológica em que realmente a produtividade disparou, mas o tempo livre desapareceu. A ansiedade virou rotina, alimentada por um mar de possibilidades tecnológicas e pela pressão constante de se fazer mais. Muitos empreendedores acabam encarando cada nova tecnologia, como a IA, como ferramenta para acumular tarefas e nos ocupar mais. Será que isto é produtividade? Acredito fortemente que não! Até que ponto essas inovações realmente nos fazem prosperar, tanto como indivíduos quanto como empresas? Vale a reflexão.


Produtividade ou Esgotamento humano?

O exemplo do uso do WhatsApp nas empresas, ilustra bem este dilema. Quando surgiu, prometia facilitar a vida do empreendedor, mas rapidamente muitos de nós viraram “escravos do WhatsApp”, atolados em notificações e demandas sem fim. Vejo hoje muitos empreendedores tentando resolver tudo sozinhos, investindo muito pouco no próprio negócio e se tornando então o principal gargalo da empresa. O resultado não é o máximo de produtividade, mas sim o esgotamento do empreendedor, empresas travadas e uma sensação de estagnação — como se estivéssemos presos, e não libertos, pelas tecnologias.

Com a chegada da inteligência artificial (IA), o dilema será ainda mais intenso: será que vamos usar a IA para assumir cada vez mais tarefas, novamente, ou podemos, de fato, utilizá-la para trabalhar de forma mais inteligente? O que automatizar, o que delegar e o que manter sob responsabilidade humana? O segredo está no equilíbrio.


Nem tudo será IA.

Devemos estar atentos, pois veremos empreendedores apostando na automação total, correndo o risco de afastar clientes com interações frias e muitas vezes em loop (o Bradesco afirma 95% de precisão nas interações da agente Bia – será que é a mesma opinião dos clientes?), enquanto veremos outras que aplicarão a IA em equilíbrio com o atendimento humano, e este será um baita diferencial competitivo. 

Na Prestus, por exemplo, a IA é aliada para pré-atender novos clientes, mas são as conexões com nosso time de secretárias (qualificadoras) e especialistas (vendedores) que fecham negócios e constroem relacionamentos duradouros.


Por uma IA que valoriza o atendimento humano:

Um case recente ilustra bem essa abordagem, da Prestus: a QuickBar, um ícone flutuante que utiliza IA para entender todo o conteúdo do site da empresa e além de responder as primeiras dúvidas na fase do pré-atendimento, ela ainda transfere todos os leads quentes/qualificados para falarem com um especialista humano, no exato momento que a IA entendeu que o cliente tem real interesse. E nenhum vendedor precisa ficar conectado 24 horas no WhatsApp, aliás, pois a Quickbar liga (pelo telefone!) para os vendedores, e aproveita para oferecer completar a ligação com o cliente, bastando digitar 1.


Dica de Growth de hoje:

Não adianta usar tecnologia apenas para acumular mais tarefas! O futuro pertence a quem souber combinar o melhor da automação com a insubstituível capacidade humana, presente no time, para criar conexões, empatia, resolver problemas complexos e inspirar confiança. Diferenciais assim fecharão muito mais negócios que a concorrência.

Não se iluda. Será deste equilíbrio, entre tecnologia e empatia humana, que realmente sairão as empresas vencedoras (e perdedoras), nesta nova era híbrida que iniciamos. E se as mudanças parecem velozes, lembre-se que o ChatGPT (lançado em 30/11/2022) tem apenas 30 meses de idade!